Atriz contou que nunca se encaixou em padrões
Em entrevista a revista 'Quem', da última sexta-feira (1). Laura Cardoso mostrou que continua sendo uma mulher muito à frente do seu tempo.
Aos 91 anos, sendo 70 deles dedicado a arte da dramaturgia, a atriz contou que nunca escolheu personagens,que nunca se importou se ia ou não ser protagonista, que gosta de se dedicar a estudar o personagem, seja ele qual for, "...Gosto deste desafio de fazer o que te dão para fazer, de pensar: ‘será que eu vou conseguir fazer?’. Esse desafio me move!...contou a veterana que fez mais de 80 participações como, Teresa de 'As Pupilas do Senhor Reitor' em 1970, Donana de 'Pão pão, Beijo beijo' , em 1983, Isaura de 'Mulheres de Areia', em 1993, Dona Sinhá de 'Sol Nascente', 2016.
Filha de imigrantes camponeses portugueses, Laurinda de Jesus Cardoso, foi sempre uma mulher a frente do seu tempo, e aos 15 anos descobriu que queria ser atriz, enfrentando tudo e todos para realizar seu sonho. “Havia uma crítica por eu não seguir esse padrão. A mulher nascia para ser dona de casa, do lar. Não sei nem cozinhar. Não sei fazer comida de jeito nenhum (risos). Eu sou da rua mesmo! Falavam que a atriz era puta e o ator cafajeste. Eu enfrentei esse preconceito. Seria bobagem dizer que não. Tinha 16 anos, pintava a minha cara para ir para o rádio fazer auditório", relatou.
sempre com disposição e coragem, a veterana encarou a transição do rádio para a televisão, e os dias de ditadura militar entre 1964 e 1985, Laura conta que nunca cogitou desistir da profissão, nem mesmo a morte do marido Fernando Baleoni, pais de suas filhas, Fernanda de 55 anos, e Fátima de 61 anos, mas que temeu trabalhar durante a Ditadura, "A profissão me preencheu. Mas na Ditadura Militar, tinha medo de trabalhar...Ditadura nunca mais! Falta de liberdade é a pior coisa que tem. Quem fala que tem saudade não sabe o que está falando”. disparou a atriz que declarou achar normal ver duas pessoas do mesmo sexo, '...O importante é buscar sua felicidade e dormir com quem você quiser. É um pecado mortal censurar a vontade do outro, o sonho dele.
Laura revelou que sofreu todos os preconceitos da época, em que achavam que atriz era puta, disse que sofreu assédio sim, mas que naqueles tempo eram mais velados e que hoje em dia é mais violento.
A atriz contou que usa creminhos e faz limpeza de pele, mas que nunca fez nenhum procedimento cirúrgico,e revelou que nunca quis ser bonitinha, o que sempre quis foi ser a melhor no seu trabalho,"...Eu não sou bonitinha. E não estou nem aí! Mas amo a cara que tenho. Tenho os olhos expressivos.”. disparou.




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